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19 de jul. de 2011

A Cruz e o Punhal - David Wilkerson

A cruz e o punhal é um livro fantástico, em que, do começo ao fim, podemos ver Deus manifestando-se.

David Wilkerson resolve trocar suas noites assistindo TV por noites de orações e meditação na Palavra, desejando se aproximar do coração de Deus; assim, estando sensível à vontade de Deus em sua vida, sentiu a dor de Deus por uma cidade perdida e experimentou o poder de Deus.

Em uma de suas noites de orações, David Wilkerson sentiu-se impulsionado a levar jovens, membros de gangues de Nova York, a terem um encontro com Deus.

A vida de oração de um homem iniciou um grande mover de Deus na cidade de Nova York, com o ministério Desafio Jovem, e depois espalhou-se pelo mundo.

O livro é nitidamente uma mostra do poder da oração e da intimidade com Deus. Em cada página presencia-se o agir milagroso, o toque poderoso das mãos de Deus.

Trata-se de uma história envolvente e emocionante!

Em muitos momentos fui ás lágrimas; não de tristeza, mas lágrimas de júbilo por saber do agir de Deus naquele lugar, mudando radicalmente a vida de muitos; e por sentir que verdadeiramente Deus esteve presente ali, que Deus usou um homem que se colocou a seu dispor; um homem que buscou a Sua face.

12 de nov. de 2010

Eu e Deus: A importância da experiência pessoal - Rodrigo Arrais

Mais uma vez meu querido Pr. Rodrigo, me presenteou com um de seus livros, com o qual fui extremamente abençoada.

O livro fala da necessidade de termos um verdadeiro encontro com Deus; encontro este, de experiência sobrenatural realmente.

Fala da diferença existente entre o conhecimento sobre Deus e a experiência com Ele. Que o conhecimento de Deus deve ser buscado de forma perseverante.

Eu e Deus nos exorta a sermos fiéis, corajosos; a vivenciarmos o evangelho vivo e transformador. Nele, há um Deus presente, vivo e manifesto pela fé simples e prática, movida pelo Espírito Santo e Poder de Deus.

Convida-nos a  nos entregarmos sem reservas, para que Deus um dia Se revele a nós. E para isto é preciso deixar de racionalizar a Deus, de tentar entendê-lo por meio do intelecto, e  procurar buscar o que há de divino, sobrenatural, maravilhoso e santo nEle.

Nos mostra a revelação de Deus na natureza, em nossa consciência, nas escrituras, em Jesus e em nós próprios, numa experiência pessoal nossa; de um andar diário com Deus.

Já tive várias experiências com Deus, digo sempre que Ele tem se manifestado a mim de várias maneiras, ao longo de minha caminhada espiritual. Mas o livro Eu e Deus causou em mim a sublime vontade de ter uma experiência sobrenatural com Deus, uma experiência que sei que ainda não tive e vou certamente buscá-la, tê-la.

15 de jul. de 2010

Peregrinos em Terra Estranha – Rodrigo Arrais

Ganhei o livro Peregrinos em Terra Estranha das mãos do próprio autor, Pr. Rodrigo Arrais, porque me mostrei interessada em seus livros, assim como em todos aqueles que ele comenta nos cultos de nossa igreja - IBA.

Ao entregar-me o livro, com dedicatória e tudo, o Pr. Rodrigo, disse-me que gostaria de saber a minha opinião ao termino da leitura.

Eis aqui minhas impressões:

Em Peregrinos em Terra Estranha, o Pr. Rodrigo nos lembra que somos peregrinos de Sião e que esta Terra é uma terra estranha para nós.

Incita-nos a termos um coração de peregrino, e a não nos deixarmos contagiar com a cultura deste mundo. Uma cultura que não é nossa.

Mais ainda: nos exorta a procurarmos refletir em nossa personalidade as características e o caráter do povo de Sião.

Nos fala dentre outras coisas do sacerdócio real, do progresso da fé, de uma ética superior, de fazer o correto e não o mais fácil; e em seguir os passos de nosso mestre – Jesus. E que, assim, experimentaremos a realidade sobrenatural da fé.

O que o livro fala sobre o reino de Deus é magnífico!

A maioria das pessoas pensa que o reino de Deus está no futuro e não se atenta para o fato de o reino de Deus existir desde sempre.

O reino de Deus ainda está aqui - e sempre estará. Basta percebermos isto e vivermos como súditos leais.

Eu não sabia o que iria encontrar ao abrir as páginas de Peregrinos em Terra Estranha, e ao longo da leitura, em cada capítulo, tive uma bela surpresa.

Deparei-me com uma obra escrita de forma clara, rica e surpreendente.

O assunto não me era totalmente estranho, mas a abordagem é muito nova para mim. Realmente, uma visão de peregrino.

Vai a dica: É um daqueles livros que merecem releituras!

14 de jun. de 2010

O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder

O Mundo de Sofia é uma envolvente viagem pela história da filosofia.


Jostein Gaarder escreve de forma talentosa este romance; com linguagem voltada para adolescentes, visando uma maneira menos enfadonha de ministrar lições de filosofia.


A obra leva o leitor a conhecer vida e teorias de gênios como Demócrito, Darwin, Sócrates, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, René Descartes, Spinoza, Marx, Hegel e outros.


Sofia, uma estudante de 14 anos, é a personagem principal e tem, logo no início do livro, a vida transformada por correspondências anônimas.


Por meio dessa comunicação misteriosa, Sofia se torna estudante de filosofia, e é estimulada pelo filósofo Alberto Knox a fazer indagações a respeito de tudo, procurando entender o mundo em que vive.


De forma extremamente didática, o autor aborda as questões existênciais estudadas pelos maiores pensadores de todos os tempos: Deus, Universo, Homem, Sociedade.


Ao final o autor faz com que os personagens tomem consciência de sua condição de pensonagens do livro O Mundo de Sofia, que foi dado de presente à jovem Hilde. Então Sofia e Alberto são capazes de transpor os limites de sua própria realidade.


Deveras, em O Mundo de Sofia, aprende-se filosofia de uma forma prazerosa, sem nem se dar conta. É uma leitura gostosa e de fácil compreensão, o enredo envolve de uma forma incomum para um livro sobre filosofia; atiça a curiosidade e produz uma sede de conhecimento.


O Mundo de Sofia é realmente uma obra misteriosa, envolvente e fascinate!

12 de mar. de 2010

A Divina Comédia, de Dante Alighieri



Poema épico bastante extenso, A Divina Comédia é escrita em versos de terza rima em que o ritmo e a musicalidade são extremamente marcantes.

A terza rima foi inventada por Dante e, nela, cada terceto antecipa o som que irá ecoar duas vezes no terceto seguinte, o que dá uma impressão de movimento ao poema.

Ler A Divina Comédia é um processo desenfreado, os versos enlaçam-nos do primeiro ao último Canto.

O poema é bastante simétrico, composto de um canto introdutório e mais três livros que narram a viagem de Dante ao Inferno, Purgatório e Paraíso, após este achar-se perdido em uma selva escura.

Dante possui um modo indireto de representar suas idéias; sua obra é repleta de significados morais, refletindo os dramas que afligiram sua época.

Por ser muito crítico em seu conteúdo, Dante chamou sua obra de "Comédia". O adjetivo "Divina" foi acrescido mais tarde, dado a seu conteúdo religioso.

Em A Divina Comédia, aparecem o passado e o presente; a grandeza e a baixeza moral; história e mitos. A obra fala da conversão do pecador à Deus; de ciência, filosofia, teologia e política do tempo em que o autor viveu.

Dante descreve a si próprio como um homem virtuoso, digno da graça de Deus; e dá como prova cabal disto, o fato de caminhar pelo inferno e purgatório ainda em vida, até chegar ao paraíso onde encontrou com sua amada Beatriz.

Na obra, Dante manifesta de forma um tanto turva, tudo que flagelava sua alma: o exílio, a vontade de retornar a Florença de uma forma honrosa. Faz críticas sociopolíticas, e principalmente, fala de seu amor platônico por Beatriz.

A Divina Comédia imortaliza o amor real e espiritual de Dante por Beatriz. Seu foco principal é o amor como forma de elevação espiritual, isto fica demonstrado pela importância de Beatriz na obra.

Dante Alighieri: um homem virtuoso, solitário, resignado e sonhador.

11 de fev. de 2010

Das suspeitas de Bentinho - o Dom Casmurro, de Machado de Assis



Assistindo a um vídeo de Capitu, minissérie exibida pela Rede Globo - por sinal, uma bela adaptação da obra  de Machado de Assis - fiquei relembrando a história, as personagens e suas características.

Obra digna de post, fez brotar em mim o desejo de participar minha opinião a respeito do comportamento da personagem Bentinho, o Dom Casmurro. Esclareço: não tenho a pretensão de fazer aqui qualquer resumo, análise ou resenha crítica da obra de Machado de Assis.

A narrativa é feita pelo próprio Bentinho, e está construída de forma que o leitor tenha dúvida da traição de Capitu, pois o autor nos fornece indícios da existência do adultério, bem como da pureza do comportamento desta. Ao longo do livro, Bentinho tenta convencer-nos da culpa de Capitu, culminando em sua decisão de abandonar mulher e filho na Suíça.

Desde menino, Bentinho demonstra ser uma pessoa fraca, de fácil manipulação. Prova disto é a sujeição dele aos desejos e interesses da mãe, José Dias, Capitu e até Escobar.

Em virtude desta fraqueza, torna-se um homem de personalidade triste, melancólico e intolerante; que deseja ardentemente resgatar o passado. Uma época em que Bentinho identificava-se mais consigo próprio; era feliz, posto que quer revivê-la.

Resgatando sua memória a partir de flashbacks de seu passado, os acontecimentos narrados por Bentinho, são carentes de convencimento, pois os fatos estão muito distantes do momento da escrita.

Se houve adultério ou não, o autor deixa que o leitor decida, pois sua escrita é muito subjetiva, mostrando-nos apenas suspeitas de um homem covarde e tomado pelo ciúme.

O ponto culminante do ciúme de Bentinho está em conjecturas como a aparência física de Ezequiel, filho que teve com Capitu; e no lamento de Capitu no velório de Escobar, juntamente com seus olhares de saudades para o mar, pois Escobar era exímio nadador.

Nota-se que Bentinho ficou tão perturbado pelo ciúme, que chegou muito próximo do desequilíbrio ao pensar em suicidar-se e até em matar seu filho Ezequiel, pois aparência de Ezequiel lhe era motivo de repulsa.

Mesmo sem prova real do adultério, Bentinho está convicto que ele existiu. Não podendo mais conviver com suas suspeitas, resolve apartar-se daqueles que lhes são a causa - Capitu e Ezequiel, mandando-os viver na Europa, onde Capitu morreu anos depois.

Após a morte de sua mãe, Ezequiel procura Bentinho; este financia-lhe uma viagem arqueológica. Onde onze meses depois Ezequiel morre de febre tifóide.

Solitário, Bentinho, recolhe-se em suas dúvidas e amarguras. Recebe de amigos e vizinhos o apelido de Dom Casmurro. Põe-se a escrever suas lembranças; vive agora imerso em retrospectivas, pois nunca mulher alguma o fez esquecer aquela dos olhos de ressaca, dos olhos de cigana, oblíqua e dissimulada.

7 de fev. de 2010

A Hora da Estrela, Macabéa - e o mistério de Clarice Lispector


Hoje terminei a leitura de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector - Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1998, 1ª Edição. O livro foi um presente daquele que tanto me ama, e sem sombra de dúvida abrilhantou minh'alma.

O texto é escrito de forma simples, poética, porém muito profunda. Nele encontramos um narrador que nos conduz à nordestina Macabéa e nos insere em suas reflexões.

Em A Hora da Estrela, o narrador, Rodrigo S. M., é uma espécie de "outro eu" de Clarice Lispector. Na história, nós leitores fazemos parte do processo de criação do enredo; ao passo em que Rodrigo S. M. nos faz conhecer Macabéa, também nos faz conhecer sua própria identidade.

É notório que Clarice, neste livro, questiona o contexto social da época, os valores, a justiça e a própria existência humana. É visível a preocupação com os oprimidos e os miseráveis.

Verifica-se isto desde a dedicatória do livro, em que Clarice escreve: "Esta história acontece em estado de emergência e de calamidade pública. Trata-se de livro inacabado porque lhe falta a resposta. Resposta esta que espero que alguém no mundo ma-dê". Bem como na página 17, Clarice fala em transgredir e escrever sobre a realidade, dentre outros.

Ao meu sentir, há muito mais implícito no livro. Nele, Clarice revela-se em Rodrigo S. M. e na própria Macabéa; aquele com uma doença terminal e esta uma mulher solitária e de infância pobre. Rodrigo S. M. identifica-se e morre com Macabéa.

Clarice fala de seus fracassos e de querer encontrar a Deus; de construção de uma imagem melhor quando fala de sua transfiguração em outrem (p.18), e em ser mais do que é, pois é tão pouco (p.21). Ela deixa claro muitas vezes não querer pensar em futuro, em ter saudade do futuro, no querer ter futuro. (p.85)

Assim como Macabéa - para afastar a tristeza, Clarice esforça-se para rir diante da constatação da morte. (p.61, 86)

"O silêncio que creio em mim é a resposta a meu mistério". (p.14)

Percebo o mistério no silêncio de sua aflição diante de Deus, da vida e da morte. Na angústia diante da exiguidade de tempo para a prática das verdades, para uma nova postura diante de Deus, da vida, das pessoas amadas e da sociedade.

Clarice externa o desejo de corrigir seus erros e omissões, de ser quem poderia ter sido e não foi. Ela se diz preparada para sair da vida à francesa, desaparecer; talvez por isto tenha criado Rodrigo S. M. para nos apresentar Macabéa.

Acredito que o desejo de Clarice era o de permanecer viva na memória de seus leitores, como um mito que sobrevive para sempre. E afirmo: Clarice não morreu!

Ao final, lê-la foi tão dorido que houve momentos em que eu própria queria aplacar tamanha solidão, sofrimento e tristeza.

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Yuri,

Obrigada por apresentar-me à maravilhosa Clarice Lispector, cuja escrita é singular e inebriante. Sabendo de seu amor pela Clarice como escritora, tenho de confessar que, a partir de agora, sou capaz de socializar sem dor alguma com mais esta mulher, pois já faço isto com Aninha e Camila, o que há de mais caro em mim, o seu amor.